Miguel:
-Isabel, Isabel.
Ela se assusta com os gritos do pai e sai correndo para a sala para ver o que está acontecendo com um temor muito grande pergunta a Miguel:
-Papai o que foi? O que aconteceu?
Alicia e Joana nesse momento também se dirigem a sala para ver o que está acontecendo.
Miguel:
-Filha, quando você completou 18 anos disse que não queria presentes não foi?
-Sim (diz Isabel sem entender nada).
-Mas esse presente você não vai poder se recusar a receber.
Isabel olha para os quatro cantos da sala e não vê nenhum presente e pergunta:
-Papai, qual presente?
Ele tira do bolso do terno uma chave e entrega a ela.
-Não me diz que essa chave é de um... (interrompida pelo pai)
-Sim, filha é um carro.
-Papai. Você deu um carro para ela e para mim nada? (pergunta Alicia)
-Filha, você vai ganhar uma mega festa de 15 anos.
-Aff, essa Isabel sempre tem tudo o que quer. (Alicia retruca)
(cortar para a pensão)
Nino estranha o fato de todo aquele alvoroço na frente do seu quarto.
-O que significa isso.
-É que nós viemos te pedir… (Marcos fica receado)
-Pedir o quê?
-Amor o que está acontecendo aí? (pergunta Nina que está deitada sobre a cama)
-Nada, carinho é só o pessoal da pensão que está aqui e disse que veio nos pedir algo (e se dirigindo a Marcos) o que foi seu Marcos, fala logo.
Marcos continua sem saber como dizer e então Dona Antônia sai na frente e diz:
-Nós estamos aqui devido ao barulho constrangedor que vocês ultimamente vêm fazendo transformando essa espelunca em um antro de perdição.
-Espelunca não tá, se não está contente saia. (diz Clara)
-Que pouca vergonha, nós somos casados.
-Mas nem por isso somos obrigados a ouvir essa cama rangendo todos os dias e em quase todos os horários.(diz Dona Antônia)
Nina que ouve toda a conversa se levanta da cama e diz:
-Olha aqui sua velha, se não quer ouvir a nossa felicidade tape os ouvidos.
-Velha é a sua avó. É isso que dá morar com pessoas inferiores.
-Por que a senhora se incomoda tanto? Ou melhor, por que vocês se incomodam tanto?
-Eu não vou ficar aqui ouvindo essa discussão tola. (diz Leonardo e se retira)
-Tente não fazer muito barulho, só isso. (Opina Marcos)
-Olha eu me incomodo por que eu sou uma senhora de respeito.(Dona Antônia)
-Você é uma solteirona que nunca se casou por isso não sabe o que é o amor.
-Pra seu governo eu que não quis me casar, pois os homens se jogavam aos meus pés.
-Assim não chegaremos a nenhuma solução. (diz Clara)
Marcio que ouve toda a conversa sem dizer nada tem uma ideia.
-Por que vocês (se referindo a Nina e Nino) não colocam o colchão no chão quando forem se amar, para que assim não faça tanto barulho e não incomode mais ninguém.
Eles adoraram a ideia terminando assim aquela discussão.
(Cortar para a mansão)
Isabel fica deslumbrada com o seu presente, mas uma dúvida surge em sua cabeça: será que o seu pai só a presenteou por causa do que ele ouviu no dia anterior?
Alicia observa a felicidade da irmã e se corroendo de inveja não suporta vê-la com algo que ela ainda (por ser menor de idade), não pode ter.
Isabel que já tinha tirado a sua carteira de motorista resolveu dá uma volta no seu carrão (como ela o chamava), não sabendo ela que o destino iria lhe atender e que em seu caminho surgiria o seu príncipe encantado que por um tempo seria sapo.
Eduarda Maria (desafeto de Alicia, da sua mesma idade e classe social, finge ser sua amiga, mas morre de inveja da outra) faz uma visita para Alicia para saber como anda os preparativos para a festa de aniversário.
-Amiga há quanto tempo, como você está linda. (Eduarda Maria em tom irônico).
-Pois é você não veio, mas me visitar e eu não pudemos ir à sua casa, pois eu tenho uma superfesta para organizar. Inclusive esse seu vestido era mais soltinho, acho que você engordou.
-Não pode ser eu me sinto mais magra a cada dia, visito o meu nutricionista sempre, o James Vergas (o melhor da cidade), conhece?
-Há sim, eu não o visito, é ele que me visita. Sabe ele e o meu pai são amicíssimos. (revida Alicia).
- É, mas aquele seu vestido que você mandou fazer para a sua festa me serviu direitinho. Eu ia pegar ele, mas achei muito simplesinho e baratinho, mandei fazer outro de seda.
-Seda, desculpa amiga, mas é ridículo, aquele vestido que eu mandei fazer eu não vou usar mais, eu vou usar um que mandei trazer de PARIS (ênfase) folheado a Ouro.
Eduarda Maria se irrita e logo se retira da casa de Alicia que se sentiu vitoriosa contra a amiga ou inimiga.
(Cortar para Isabel no carro)
Isabel está cantarolando em seu novo carro quando o sinal fecha, ela como uma motorista obediente atende o semáforo, mas um carro que está vindo desgovernado se choca com o traseiro do carro dela.
Ela fica toda nervosa, sai do carro e vê o estrago no seu carro novo e então começa a gritar com o rapaz que está no carro de trás, e então ele (Peter) sai do carro também e é nesse momento que o destino apronta a surpresa para os dois.
-Você não viu o sinal irresponsável. (diz Isabel)
Ele (alto com 1.85, porte atlético, olhos verdes) pede desculpas e se vira em direção a ela que também se vira fazendo assim que os seus olhos se encontrem com os dele.
CONTINUA…
A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
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